sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

psicografia de uma lógica

Eu não morri,
jogado pelos cantos.

Morri de tiro,
na mira dos gambé.

Eu não morri
vazio ou esvaziando,
fui arredio,
morri atento.

Morri arfando,
com o peito em chamas, brasa...
Eu morri vivo!
Eu morri vendo.

Morri sentindo,
o corpo, veia vaza
Morri curtindo
morri sofrendo.

Mas não morri
pelos cantos, dos tempos,
ausente e constante.
Eu não morri
de espera.

Eu não morri
pelo açoite,
cabisbaixo,
de dia ou de noite,
Eu não morri sem lutar.

Eu não morri
de cansa
de mansa
barriga esperança.
Não estendi a mão,

Eu não pedi
o vento, o fogo
amor orgânico que sustenta,
pedir num peço não.

Não enguli desprezo,
Eu não morri sem lutar
pedir não peço não,
O que era meu fui tomar!

Mas eu morri,
novo sim.
Sei que errado estou.

Morri mas não queria,
sim, novo!
E quem amou quem amou?!


Mas errado eu não estive,
porque antes deu morrer,
eu matei

o filha da puta

Quem me matou...

4 comentários:

  1. O fim me fez lembrar o fim de Faroeste Caboclo... XD Adorei!

    Viver lutando... Morrer lutando! Tem coisa mais bonita? ;)

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  2. Realmente não há coisas mais bonitas!
    mais belas que a luta
    somente as conquistas.

    (:

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  3. ... que só vem através da luta! \o/

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