segunda-feira, 27 de junho de 2011

amor Tao




o poeta é um arquiteto de demônios
dentre plumas pinta mortos, pinta sonhos
mal se arruma sob um teto de memória
segue o prumo de um vento ignoto.

é translúcida a sua tela vertical
de petúnias adornado o desespero
e as calúnias não são mais que o tempêro
do marulho transformado em mistério
imortal.

mas se a teia do ventrílouco desfaz
vê-se ao fundo uma criança sorridente
traz aos punhos uma flor e um canivete
a menina que não quer nada demais:
um mortal.

que se joga precipícios arranhados
força trancas sob as pernas do sol
é só gente o tal ser despreparado
procurando entre as letras o farol...
imortal.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

vida

gosto disso de fumar próximo a precipícios
pois dali tudo que se joga some
pois ali jamais me apanharão em flagrante