sexta-feira, 4 de março de 2011

dionisíaco - um penúltimo dia.

(em agradecimento ao Teatro Oficina)

se Dionísio é luz que esconde
na planície clara da luz onipresente
radiante em feixes tortos que se enlaçam
enroscam pois se reconhecem...

então Entrar é a melhor forma de sair..
e sair, a melhor forma de estar.

Os espíritos andam fugidios
das esperanças mórbidas.
Sonhos que já nascem mal sonhados
pois decapitam-se as pernas.

que sustentam.

Oh, a perna que levanta!
e que escorre-se de caldos,
doces sulcos de nossos sais!
compostos em amor e luz!

Se dionísio cheira a luz que me drena,
então já não sou nada.
E quão maravilhosa é a inexistência do poema...

me sentir pedra voando em direção exata.
Aonde minha mão me lançar,
Aonde tua mão nos puxar...

e cairemos nesse mundo,
Nós assim, de boca.
O romance nunca morre!
é como a deusa Primavera


invencível aos olhos dos mortais,

mas vazia como o carro verde do palhaço.
E cheia de si, em risos e sapatos largos,
nos aceita e nos carrega
aos meridionais confins dos céus da terrA!

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para o bem da vida,
matemos a morte.
sim, pela poesia...
assassinemos o poeta.

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