terça-feira, 31 de julho de 2012

morte do corpo


o corpo
e somente o corpo
não existe,
não existiu,
não existirá

este estopor do escopo
esculpi-se à espúria capitulação
o corpo não passa de uma ilusão!
e somente o corpo
navega no espaço sideral

o barro, o mato, a dor
viscosidades de suas extremidades ausentes
gritantes
serpentes compenetrantes
na intrépida trapalhada
dos tapumes,
tapetes silenciosos
do ritmo

válvula de escape
fecunda o ódio da incerteza
e em imbricada aresta
recolhe os touros alados do vento

Vernúria?!

Vlimpeta vasporização frâmica da foto

fulgura

o corpo é tudo
o que não existe.

2 comentários:

  1. O corpo é tudo que não existe
    Sentir que tem corpo que sente?
    O que transcende
    Não é corpo
    Está a flor da pele
    Seja dor
    ou prazer
    porque teima em rimar porra
    Gozando amor
    Zé...

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  2. Hehe, valeu Zé! :)
    Realmente um poema de poucas rimas

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