quarta-feira, 26 de outubro de 2011

o poema

da próxima vez que me perguntarem
respondo o mais idiota possível!

não interessa o que eu andei pensando
nos últimos dias.

na maior parte dos últimos dias
eu não andei pensando em nada

e de tanto nada que pensava
o nada meio que me preenchia
e eu olhava as coisas daquela forma

e via, eu via!
o muro de pedra tijolo
aranha teia da pulga
a fuga força, o vôo

barata tonta biruta.

Rimas vazias
e rimas avulsas!

E de tanto nada, já não me importa
o que sacode o epitélio frouxo
mas o que sulco macio de consistência
escorre dos astros invisíveis.

se me perguntarem,
eu afirmo
e sigo vago em reticências
e sem medo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário