vupt
vupt vapt
vupt vapt, me bate o vento da tarde.
vapt vum
vemtu comum.
Vem vai-te folha rasteira,
avoa, avoa.
Desintegra-te em vãos corpúsculos da poeira
de floresta.
Que rega as pétalas das flores, dia a dia,
com seus corpos em desmanche.
Seus internos gases que perfumam em liberdade
uma nova manhã.
Ali a vida nem parece que morre, gente!
É ali onde o vento nasce à vontade,
brota do espaço vazio, vem sei lá de onde,
uma energia!
Que sai brincando e cantarolando seus movimentos,
remexendo toda a campina preenchida.
Cada uma destas partes de ser
dialoga com todo o seu mundo.
Se coloca perante todo o seu mundo,
e o recebe em seu jeito.
Qual a sabedoria da ervilha?
Que não fala, não pensa, não ama?
Alimenta a tessitura de leves conflitos,
dos quais absorvemos o falar o pensar e o amar.
Que sabedoria tem essa carne verde de ervilha
que decidiu comigo se relacionar?
Me componho, saboreio,
eu lhe como, oh ervilhinha!
Mais um pouco e a ouço sussurrante,
vem num gosto, vem num modo de me ser,
em me fazer feliz ou morrer
- Ei seu moço!
O alimento me pergunta:
- Sabes tu o mundo em que quero viver?